sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Por Natália Xavier



Apontado como um dos termômetros da economia paraibana,

o setor da construção civil também não ficou imune à desaceleração da economia brasileira no ano passado. Em João Pessoa, embora as vendas

de imóveis novos tenham crescido numa taxa mais tímida que em anos anteriores, houve queda nas unidades financiadas,segundo levantamento encomendado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil

(Sinduscon-JP).

De acordo com os números consolidados, as vendas de unidades

da Grande João Pessoa fecharam com uma redução de 4,19%, em 2011, enquanto o faturamento teve alta de 6,68%,índice bem abaixo do registrado no ano de 2010 em comparação com 2009, quando o setor viveu um verdadeiro “boom” decrescimento e o montante de vendas aumentou 92,7%.

Para o tecnólogo em negócios imobiliários, Fábio Henriques,responsável pelo levantamento dos dados, foram negociados 5,796 mil imóveis,em 2011 contra 5,553 mil unidades vendidas (-4,19%). Por outro lado, o faturamento das empresas do setor, no ano passado,chegou a R$ 1,531 bilhão,superando em apenas R$ 96milhões o valor total de 2010(R$ 1,435 bilhão).

A alta no faturamento, mesmo diante da redução da quantidade de unidades vendidas,segundo o tecnólogo Fábio Henriques, foi ocasionada pela

valorização do metro quadrado na grande João Pessoa e pelas vendas de imóveis de empreendimentos com maior valor agregado. “Muitos empreendimentos de alto valor agregado foram lançados no ano passado e por isto a média de preço das unidades vendidas foi maior”,ressaltou.A taxa de velocidade de vendas de imóveis em estoque caiu de 9,49%, em 2010, par a8,23%, em 2011.Mesmo com o índice decrescimento bem abaixo do registrado em 2010, Henriques comentou que o crescimento registrado na Grande João Pessoa pode ser considerado satisfatório. “Os problemas econômicos nos EUA e na Europa refletiram também no mercado brasileiro. Em João Pessoa tivemos a vantagem ainda de conseguir continuar com o crescimento do faturamentodo setor, outras capitais,como São Paulo, por exemplo,tiveram um dos piores anos dosetor imobiliário nos últimos tempos”, avaliou.

Além da interferência da crise econômica internacional,o presidente do Sinduscon-JP, Irenaldo Quintans, ponderouque o crescimento de 2010 foi

algo atípico e, por este motivo,não há como fazer uma comparação com a alta registrada no ano passado. “2010 foi um ano totalmente atípico. Foi um ano de pico, de retomada da atividade econômica para a maior parte dos setores. As

atividades chegaram praticamente ao máximo. Em 2011, como é a tendência natural da economia, houve redução no ritmo de crescimento, maso importante é que continuamos crescendo”, comentou.

“Considero o resultado muitobom, principalmente porque não ficamos estagnados”, diz. Sobre a queda de imóveis vendidos, o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-PB), Rômulo

Soares, disse que "mercadologicamente não foi percebido nenhum desaquecimento nas vendas. As vendas continuam em alta. A diferença agora é que as pessoas estão pesquisando mais antes de comprar,

e se tornando mais exigentes”.



Volume de vendas de imóveis na Grande João Pessoa fechou com alta de apenas 6,68% em 2011. No ano anterior, o faturamento cresceu 92,7%

R$ 1,5 bi

Volume do fi nanciamento de

imóveis da construção civil

na Grande JP em 2011

6,68%

Crescimento do faturamento

em 2011 sobre o ano anterior.

Índice bem abaixo do

registrado no ano de 2010

na comparação com 2009,

quando o setor viveu um

verdadeiro “boom” de crescimento

com alta de 92,7%

5.553 mil

Número de imóveis fi nanciados/

comprados pelos adquirentes

em 2011, que sofreu

queda de 4,19% sobre o número

de imóveis negociados

em 2010 (5.796)

8,23%

Taxa de velocidade de vendas

de imóveis em estoque,

mas em 2010, o índice foi

maior (9,49%)

Fonte* Jornal da Paraíba, publicado em 04.02.2012

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