segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Números Grandes

Fonte :  http://www.sindusconjp.com.br/comunicacao/2014/05/08/317726-numeros-grandes
08/05/2014


Coluna Semanal do Economista, Ex-presidente do Sinduscon-JP e Vice-presidente da CBIC, Irenaldo Quintans

Tudo o que se refere ao mercado imobiliário brasileiro é superlativo.  Os números impactam pela magnitude, porque traduzem a força de uma das locomotivas que reboca a nossa ameaçada economia. Ameaçada, sim, e muito, pela elevação dos juros, pelo recrudescimento da inflação, pela duvidosa condução das contas públicas e pela péssima gerência das empresas estatais. E, como se isso tudo não bastasse, pelas recentes tentativas de maquiagem de dados estatísticos oficiais, que transmudam o negativo em positivo, excluindo dos índices aquilo que não interessa aos dirigentes trazer a lume,embora essa prática deletéria seja um tiro no pé, como se diz popularmente. Mais cedo ou mais tarde, alguém pagará a conta desses desatinos. Não restam dúvidas de que o leitor mais passado nos anos - em dèjá vu - já sabe sobre quais doloridos ombros recairá essa carga.
Voltando aos imóveis, a revista Época da última semana traz reportagem que reforça o conceito de gigantismo do setor. Confesso ao leitor que me preocupam certas informações pinçadas da amostra como um todo, em especial alguns preços fora da curva de racionalidade econômica. Remetem-me a algo próximo da famosa “irracional exuberance”, sentimento de que falava Alan Greenspan, ex-presidente do Federal Reserve, o insigne FED, entidade monetária máxima dos EUA, por ocasião do início das dificuldades pelas quais passou aquela vigorosa economia anos atrás. Todavia, considerando o país continente em que vivemos, cujas forças natural e humana são notórias perante o mundo, não é de admirar que o segmento que é a base da cidadania ostente um desempenho tão interessante no pós-estabilização econômica, inobstante a fragilidade da teia econômica atual.
O primeiro grande número exibido pela revista refere-se a uma variável de fundamental relevo para ao mercado. Eu diria até mais: foi graças a essa performance admirável que tudo aconteceu. Trato aqui do volume total do crédito imobiliário concedido às pessoas físicas e jurídicas no Brasil, que saltou de insignificantes R$ 18,3 bilhões em 2007 para robustos R$ 109,2 bilhões em 2013. O número, é bom observar, foi multiplicado por três ano a ano, num crescente altamente favorável para, entre outros setores,famílias, construtoras, profissionais da cadeia produtiva da construção,cartórios e governos, estes últimos beneficiados com os impostos massacrantes gerados pelas transações imobiliárias e creditícias em plagas brasileiras, que chegam a açambarcar mais de 30% do valor de uma habitação popular. Foi assim que, de 18,9% do crédito para pessoas físicas no país em 2007, o financiamento imobiliário passou a representar 40% em 2013. Sob outro prisma, quase metade dos recursos que se buscam nos bancos hoje em dia destina-se à casa própria. Excelente notícia, a meu ver, pois tal indica que o brasileiro ganhou condições de atender à necessidade mais fundamental da família e, ao mesmo tempo, investir no bem de raiz, em vez de rasgar dinheiro adquirindo bugigangas descartáveis, como automóveis e celulares.  E mais, para gáudio do postulante, a oferta de grana é farta e a concorrência entre as instituições bancárias é selvagem. Variam de banco a banco as taxas de juros do empréstimo (atentar para as taxas nominais e o custo efetivo total), as tarifas cobradas sobre a operação, os percentuais de comprometimento da renda, os sistemas de amortização e os prazos para pagamento, além, é claro, do sabor do cafezinho e da gentileza do gerente, itens eliminatórios para o consumidor brasileiro.
Outro algarismo estonteante que ilustra a referida reportagem é o preço por metro quadrado no bairro mais caro do Brasil, verdadeiro ícone do charme do Rio de Janeiro, recanto paradisíaco incrustado entre a Serra do Mar, a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Baía da Guanabara: R$ 34.870! No vácuo do Leblon, essa joia carioca, vem o Itaim Bibi, pedaço comercial disputadíssimo por dez entre dez paulistas da Selva de Pedra: R$ 22.940. Mais adiante, em terceiro lugar, reluz uma das asas da Capital Federal, a Sul, reduto da plutocracia tupiniquim, com o m² custando em média R$ 17.270.
Vou ficando por aqui, antes que o prezado leitor imagine que estou ficando lelé. Qualquer coisa é só dar uma checada, pela net, nos anúncios de um quarto e sala, com cerca de 40 m² e vaga de garagem no Leblon: de R$ 1 a R$ 1,5 milhão. Imaginem na Copa!
              Bom e bem diferente
            O levantamento mensal por amostragem patrocinado pelo Sinduscon de João Pessoa, levado a cabo com competência pelo corretor de imóveis Fábio Henriques,estipula em precisamente em R$ 6.924 o m² mais caro de João Pessoa, no bairro do Cabo Branco, tranquilo e belíssimo postal da orla. Quase lado a lado,surge Tambaú, a praia urbana central, exibindo R$ 6.442. Nos dois primeiros meses deste ano, o setor obteve um Valor Total de Vendas (VTV) da ordem de R$ 2,09 bilhões. Infere-se, portanto, que a capital tem mantido um preço imobiliário competitivo nas áreas nobres, gerando um volume de negócios bastante apreciável para a economia do Estado.
             Participação no PIB
            Ao abrir o Feirão, em São Paulo, na semana passada, o presidente da Caixa Econômica Federal,Jorge Hereda, afirmou que o volume de estoque do crédito imobiliário no país cresceu consideravelmente. Era de 1,8% do PIB há dez anos e hoje está em torno de 8%. "Em 2003, o crédito imobiliário da CAIXA movimentou recursos da ordem de R$ 5 bilhões e, em 2013, foi para R$ 134,9 bilhões, um crescimento de mais de 27 vezes ao longo do período”. A Caixa é líder do segmento e, segundo a revista Época, disputa com o Banco Santander, HSBC, Bradesco e Itaú as melhores condições gerais de financiamento. Calculadora na mão, consumidor, é pesquisar preços e condições de financiamento.  

Um comentário:

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