sexta-feira, 10 de maio de 2013

Venda de imóveis recua 14,5%


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Balanço do primeiro bimestre mostra queda de 14,58% no faturamento de imóveis residenciais novos na Grande João Pessoa, além de recuo de 28,59% no número de comercialização de unidades entre construtoras, já apontando reflexos da desaceleração e da crise na economia que também já atinge o setor. Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o volume vendido pela indústria de construção registrou R$ 255,732 milhões contra R$ 299,390 milhões no mesmo período do ano passado. O número de imóveis vendidos somou, em janeiro e fevereiro, 789 unidades vendidas, contra 1,105 mil imóveis, no primeiro bimestre de 2012.
A queda de faturamento e imóveis vendidos foi puxada sobretudo pelo mês de fevereiro que registrou desempenho bem abaixo do ano passado. Foram 236 imóveis a menos vendidos que o ano passado (de 573 para 337), o que representou uma retração de 41,18%. O mês do ano passado contabilizou um volume de vendas de R$ 137,1 milhões contra os R$ 98,4 milhões do período deste ano (queda de 28,2%).
No comparativo entre os meses janeiros, a redução foi de 532 unidades em 2012 para 452 neste ano (-15%). Já o faturamento caiu de R$ 162,2 milhões (o maior entre os meses) para R$ 157,3 em janeiro deste ano. Os dados consolidados pelo tecnólogo em negócios imobiliários e elaborador da pesquisa de mercado em João Pessoa e em Campina Grande, Fábio Henriques.
Para o presidente do sindicato, Fábio Sinval, os números negativos nada mais são do que um reflexo do momento econômico pelo qual o país está passando. “A economia como um todo está sentindo dificuldades e tudo isso influencia o mercado. O segundo semestre pode trazer melhores resultados, mas o endividamento da população e a ausência da poupança é muito prejudicial para as vendas”.
MAIOR CONCORRÊNCIA
Já o corretor de imóveis Rômulo Soares prevê um mercado de imóveis mais competitivo e de preços cada vez mais acessíveis a maior parte da população paraibana. Segundo o ex-presidente do Creci-PB, a chegada de novos bancos, inclusive do Banco do Brasil, no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, e de novos grupos de construtoras à Grande João Pessoa, já neste ano, devem ampliar a oferta de imóveis aos adquirentes de todas as faixas de renda. Rômulo prevê ainda a retomada de vendas do setor, a partir do mês de maio, quando novos lançamentos estão previstos.
Segundo o levantamento, a taxa de velocidade de vendas de imóveis caiu de 6,89% para 5,26%, de janeiro deste ano para o mês seguinte. Além disso – e na figura de outro indicador de vendas em baixa – em fevereiro de 2012, havia 6,446 mil imóveis novos disponíveis para a venda na Grande João Pessoa, enquanto, em fevereiro deste ano, existem 6,409 mil.
MIGRAÇÃO
Fábio Henriques afirmou que muitas construtoras migraram para os investimentos em imóveis comerciais ou empresariais e isto reduziu o estoque de unidades residenciais novas à venda.
“Neste ano, tivemos um investimento de R$ 180 milhões em um empresarial e ele já tem 78% das unidades comercializadas.
Neste ano, teremos seis ou sete novos empreendimentos deste tipo. Quer dizer, não vendemos necessariamente tão menos, mas vendemos mais em outro segmento”, pontuou.
SACRIFICADO
O mercado, segundo Sinval, pretende crescer 5% neste ano sobre o ano passado.
“Mas esse crescimento deverá ser sacrificado”, comentou. Sobre o assunto, Fábio Henriques comentou que, se forem somados comerciais e residenciais, a construção civil pode sim alcançar bons patamares.
De acordo com o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Jarbas Araújo, o primeiro bimestre do ano é sempre de baixas, mas haverá compensações nos próximos meses. “É um momento de se observar o mercado”, afirmou.
Mercado de Campina Grande oscila
Em Campina Grande houve queda nas vendas e alta no faturamento. No mês de janeiro, foram comercializados 87 imóveis na região da Borborema e, em fevereiro, foram 80. Já a receita passou de R$ 18.189.492,78 no primeiro mês do ano para R$ 22.257.565,30 no seguinte.
No balanço, o primeiro bimestre acumula R$ 40,447 milhões em receita e de 167 imóveis vendidos. Segundo o tecnólogo Fábio Henriques, a queda nas vendas em fevereiro se justifica por ser um mês menor. “Se você levar em consideração que fevereiro é um mês mais curto e ainda há o Carnaval, podemos justificar a queda na comercialização de unidades. Mas este recuou foi compensado pela alta no faturamento. Este aumento depende do tipo, do tamanho dos apartamentos vendidos”, explicou.
Fábio ressaltou que, em Campina Grande, houve aumento tanto nas vendas como na receita no primeiro trimestre deste ano, se comparado novembro e dezembro do ano passado. “Em março, tivemos 137 vendas e o faturamento foi de R$ 27.964.000”, disse. Os bairros com maior volume de vendas em janeiro e fevereiro foram Catolé, Prata, Alto Branco,Centro e Cruzeiro.
Fonte: Jornal da Paraíba

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